E nessa manhã
Junto ao nascer
De um pálido sol
Monto em você.
Centenas de cilindradas
De adrenalina
Sonhos e
Emoções.
Motocicleta negra,
Cromados vistosos,
Convida-me,
Embriaga-me,
Traga-me.
Não sei da partida,
Não me importo com a chegada,
Como só o Dalai Lama pode explicar,
Mesmo às vezes cruel,
Desalmada, lembrando assim
Uma mulher anteriormente amada.
Vislumbro sorrisos virginais
Em cada ensolarada viagem,
Vejo bucólicas imagens
Em plácidas pequeninas cidades.
Sinto o corpo de diva
Em cada curva
Que me surpreende
Em sinuosidade arrebatadora.
Sinto o excitar do seu corpo
Molhado de lânguidos desejos
Molhando-me em chuvas torrenciais
Desta fêmea estrada,
Divina jornada encantada,
Acelerada em muitas cilindradas.
Sob o capacete
Ouço só minha voz interior,
Medito no existir,
Converso com o que sou.
Sinto-me vivo,
E nos moldes ZEN
Esvazio-me,
Descubro-me.
Percebo a transcendência,
Nas paisagens que ficam para trás,
É o TAO, vivo caminho, orientando-me
Ao encontro de mim mesmo.
Perigo nesta estrada
Percebo em mim
Minhas próprias sombras.
Placas de sinalização
Junguianas alertam-me
Aos desvios na estrada,
Que me levam a reduções tranqüilas.
Retorno a acelerar confiante,
Meus próprios sonhos
São meu mapa, levando-me aos
Recônditos da minha alma.
E no som desse possante motor
Ouço a sinfonia da poesia que me abraça
Em musicalidade que me deixa perplexo,
Bela viagem poesia.E que a tua vida permaneça cheia de viagens feito essa.Te adoro meu rei!
ResponderExcluirVertiginosa viagem.Gostei demais do poema. bjs
ResponderExcluirBela poesia... com alma..livre como daquele que conduz seus sonhos com coragem e maestria sobre duas rodas pulsantes. Parabens!
ResponderExcluirBela poesia... com alma..livre como daquele que conduz seus sonhos com coragem e maestria sobre duas rodas pulsantes. Parabens!
ResponderExcluirRealmente, uma viagem...
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