Como o véu de um longínquo templo
Amaldiçoado pelos deuses
Sinto-me rasgado de cima a baixo...
Sou possuído por uma dor
Tão profunda e contínua
Sou a dor...
Sou o lamento...
Sou o tormento.
E mesmo diante do passar dos dias
Os ventos não se aplacam
E a tempestade não cessa.
Assim sinto o vigoroso quebrar das ondas no casco
Deste barco que é minha vida...
Que ressoa como um sino de bronze
Na branca torre de uma igreja de interior.
Vagas gigantes que me submergem...
E como náufrago insisto...
Teimo em vir à tona e respirar.
Mesmo almejando o fundo deste mar
Que mesmo profundo parece terno,
Onde talvez lá reencontre a paz
E tranqüilo durma como uma criança...
Sem sonhos...
Mas também sem o pesadelo
Da ausência e da solidão.
Tenho as costas perfuradas...
Dilaceradas...
E a cada nova lembrança...
Uma nova estocada deste punhal maldito
Que cravei em mim...
Amando muito e confiando demais.
Estou só...
Sou só...
E do alto dessa montanha de sentimentos
Sinto o vento gélido dos Alpes...
Mas não posso deixar de notar
E sinceramente dizer
Que de onde estou vejo muita beleza,
Serenidade e vida.
Assim me acomodo
Perto das nuvens da solidão
E sereno respiro este ar puro e límpido...
Assim percebo que qualquer montanha
Em que se suba, feita do que for...
Serve para elevar...
E proporcionar uma vista privilegiada...
Dos vales...
Das planícies...
E principalmente de mim mesmo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirUm poema lindo rico de sentimentos, mesmo sendo triste soube transmitir isso em versos parabens Meu amigo Andriz eu ouvi dizer e ficou marcado em meu coração que as montanhas podem ser escaladas se fosse lisas planas não teria graça alguma e li tbm que a vista mais bela é lá de cima das montanhas ultrapasse cada obstaculo com Cristo em seu coração aplausos vc é grandemente beloooooooooooo mil beijos Vivi
ResponderExcluirIntenso como sempre não é mesmo?Parabéns e desejo sorte nesse novo projeto.Ficou bem você Andriz!Cheia de sentimentos.
ResponderExcluirOlá, Andriz
ResponderExcluirGostei do blog
Gostei de reler a densa e reflexiva "Nuvens da Solidão"
Hoje assisti ao filme "Quem somos nós" e identifiquei temáticas das suas poesias ao longo da película. O que me inspirou postar a frase "Quem somos nós? Somos deuses em desenvovimento." no meu orkut.
Namastê
E A ANDRIZ TUDO EM PAZ?, GOSTEI DE DO QUE VI E LI
ResponderExcluirUM ABRAÇO DO AMIGO DA BASE AEREA S2041-ALEX
ALEX NUNES
Abraços alados azuis!
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