quarta-feira, 17 de novembro de 2010

REFLEXOS NO ESPELHO










Entre as diversas imagens

Refletidas no espelho,

Vejo minha face,


Revejo esse rosto familiar


Mas desconhecido.






Essas rugas tão novas,


Esse olhar disperso,


Esse sei lá de sem nexo,


Sem côncavo, Sem convexo,


Sem sorriso e com complexos.






Poeta atlético,


Informatizado,


Cibernético,


Mas homem sedentário,


A sós com a poesia... Solitário.






A casa desarrumada,


A alma desgrenhada,


A barba despontada,


Roupas não lavadas,


Pernilongos e picadas.






As horas repetem-se em ciclos,


Esquisitos e aflitos minutos,


Que passam ligeiros,


E como meninos arteiros


Brincam de me envelhecer.






E a arte pula em sentimentos,

E os sentimentos saltam em palavras,




As palavras tornam-se versos,


E o que deveria ser complexo


Em rimas transforma-se em afeto.





Reflexos no espelho

De alma cansada,

Mas plenamente engajada

Em seguir na estrada de luz


E que seja encantada.





Devolva-me do reflexo essa luz 

Que a toda matéria induz

A brilhar em freqüência e

Vibração...




Conquista que em ondas pode ser vista.










2 comentários:

  1. Adoro teus textos.Você escreve verdades em poesias.E fico cada vez mais extasiada com as verdades que passas.Te adoro viu!Não mude.Continue assim.Beijops poéticos.

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  2. Teu poema singelo e criativo me fez vislumbrar um coração encantador... Espero que tu não tenhas colocado ponto final ao blog ele é perfeito!

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